quinta-feira, 12 de junho de 2008

Uma saga sobre os trilhos


Têm alguns que gostam e têm outros que não. Mas o que fica no imaginário das pessoas é a evolução dos meios de transportes existentes na atualidade. Andar de bondinho, de charrete e até mesmo de trem era luxo para poucas cidades. Mas a tradição ainda percorre as ruas da cidade de Fortaleza. Nunca foi tão rápido sair de um ponto para o outro gastando muito pouco, e tudo isso, se deve ao fato do uso dos trens da cidade.

Em visita a uma das estações existentes na capital me deparei com uma situação inusitada. Um fotógrafo imortalizando as cenas das paradas onde o trem passa. Não me contive e resolvi fazer a minha matéria focando o porquê de retratar este meio de locomoção.


Dídio Lopez - Como a fotografia surgiu na sua vida?


João Paulo Correia - Em momentos de descontração, na companhia de amigos, a fotografia se fazia presente; não paravam os cliques. Os passos seguintes – revelação e ampliação – eram aguardados com muita ansiedade e depois começavam as trocas de negativos. A partir desse contato passei a ver as situações com outros olhos e procurando enquadrar numa perspectiva fotográfica, saber como seria aquela cena congelada sobre o papel, se ficaria boa à iluminação, cores etc.


Na universidade tive a oportunidade de um maior contato com os procedimentos, tanto práticos quanto teóricos, o que fez com que eu acabasse me apaixonando mais e mais pelo ato.


D.L. - Por que fazer um ensaio sobre a estação de trem?


J.P.C. - Pelo fato de nunca ter ido á estação João Felipe, alimentava a vontade de conhecê-la que fora acrescida à minha paixão pela fotografia. Outro motivo é que uma das minhas preferências é fotografar pessoas. Pessoas nos seu dia-a-dia, na correria para o trabalho, fotografar o espontâneo, sendo a estação um prato cheio para tais registros.

Meu primeiro contato com as pessoas de lá foi em agosto de 2007 ao participar da oficina de fotografia oferecida pela Caixa Econômica Federal. Escolhi para compor o tema do ensaio partes de Fortaleza e percorri a Estação, Catedral e Ponte Metálica. Diante da gama de boas imagens proporcionadas por João Felipe, dei continuidade no ensaio que não tem prazo de ser finalizado, visto que em cada saída fotográfica, me deparo com situações distintas e inusitadas que deixam o “gostinho de quero mais”.


D.L. - Os fotógrafos geralmente têm um estilo ou característica própria, qual a sua “mania”?


J.P.C. - Mania de flagras e espontaneidade. Mania de captar imagens de pessoas sozinhas, imagens estas que possam expressar algo como momentos de reflexão ou individualidade que são tão importantes para o bem estar de cada um. Algo que incite a curiosidade de quem vê, como se quisesse decifrar o que se passa na cabeça do outro naquele instante. Nos meus arquivos são facilmente encontradas essas fotografias, assim como as do estilo “padrão” (repetição).


D.L. - Para você o quê vale mais: a palavra ou a imagem?


J.P.C. - Por vezes a imagem substitui a palavra, mas ambas são importantes e complementam-se. Uma imagem pode expressar mais que uma palavra, isso vale do imaginário de cada um; as interpretações são pessoais e diversas. Como, atualmente, tudo deve ser bem mais prático e objetivo, as imagens levam vantagem por não precisarem de descrição.
Pelo meu contato com fotografia, tenho-a como preferência. Acho bacana instigar o poder de “Gestalt” de cada um.


D.L. - Qual foi a sua melhor fotografia?


Dentro do trabalho desenvolvido na Estação João Felipe, tenho como preferida à foto que você vai anexar na matéria.


Fora isso, meu xodó é um retrato que fiz de um menino no sopão beneficente oferecido pelo Grupo Espírita Paulo e Estevão às famílias carentes circunvizinhas da praia do Futuro.

D.L. - Fotojornalismo ou a fotojornalística pode acabar sumindo do mercado?


J.P.C. - Creio que não. As imagens sempre serão usadas e estudadas de tais formas que não serão extirpadas das mídias. Por ser de fundamental importância a atuação dos profissionais da área, no tocante ao repasse de informações com qualidade e exatidão, que, de certa forma, dá uma garantia ao fotojornalismo.


D.L. - A “era digital” nas fotografias pode substituir o negativo?


J.P.C. - Isso é facilmente indagado diante da modernização tão presente na nos dias atuais. As câmeras digitais oferecem a facilidade de ter a fotografia sem ao menos passar pelos processos laboratoriais, em contrapartida não propõem a mesma segurança que os negativos. Estes não correm o perigo de ser deletados da memória do computador e, em se tratando de qualidade, disponibilizam maior resolução nas ampliações. Vendo por esse lado, que são pontos positivos e negativos da fotografia, é válido afirmar que os negativos não serão extintos; pode haver uma redução na utilização do filme fotográfico, mas não extinção.


D.L. - Fotografar é ...


J.P.C. - Uma paixão. É sertir-se bem!



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Para os interessados em verificar o trabalho do fotógrafo João Paulo Correia, é só acessar o site e se deliciar com as belas fotografias.




Aproveitem!

Mundo virtual invade a realidade das pessoas

Não é de agora quer percebemos que o mundo virtual está a cada dia invadindo a realidade das pessoas, mas porque será que isto acontece? Uma das mais recentes inovações tecnologias é o programa Second Life. Que nada mais é do que um jogo onde pessoas brincam de ser adultos em uma vida secundária, ou seja, uma segunda vida. Questiono-me muito em relação à aceitação deste produto para com as pessoas. Afinal, de que adianta ter uma segunda vida, se você não pode desfurtar dela, ou até pode, mas a que propósito isto acontece?

Este jogo pode até ser saudável enquanto as pessoas não deixam que elas interfiram na sua vida real, ou primeira vida. Para alguns pode ser uma forma de aliviar as tensões existentes no dia-a-dia, para outros uma maneira de possuir e conquistar aquilo que nunca conseguiria em uma vida de muito trabalho. Mas o problema está quando os homens decidem se isolar e viver em um mundo totalmente surreal. Deixar que uma segunda vida invada e tome posse da sua realidade é burrice. O bom é saber aproveitar e desfrutar de tudo que lhe é fornecido e imposto pela sociedade, sem deixar de lado os anseios e seus sonhos.

Acho isso tudo muito parecido com relacionamentos virtuais. Não consigo entender, como é que, duas pessoas, conversam, vêm que têm muitas coisas em comum e namoram. As máquinas não têm sentimentos e ainda não conseguem expressar o que sentimos em uma boa conversa olho no olho, o toque das mãos percorrendo os corpos e o cheiro das pessoas. E mesmo que isto possa acontecer, não será igual a você poder fazer uma declaração, e ao ver uma lagrima rolar no rosto da pessoa amada poder enxugar com uma expressão de felicidade.

Enfim, não recrimino quem utiliza estes meios ou artifícios, mas é que gosto de gente. Estar presente nos momentos felizes, contar uma história, oferecer um ombro, dar um abraço. E poder dizer o quanto viver é ter pessoas ao nosso lado.

Informação e interatividade na união das mídias

Quando se começou a falar em convergência midiática parecia uma coisa de um futuro distante, mas não foi o que aconteceu. A internet se encarregou de realizar a convergência das mídias. O que antes era apenas uma idéia, agora é fato. Não há como você estar na internet e não baixar uma música, ver um vídeo enquanto faz um trabalho da faculdade ou conversa com outras pessoas. Mas será que esta interatividade veio pra fica? Claro que sim! Não existe mais a fidelidade em apenas um veículo de comunicação, pois na atualidade tudo está intercalado. Mas há quem se engane e diga que a convergência se dá através apenas das mídias, existe também a convergência digital.

O processo de convergência digital é também estruturado pelo acesso à telefonia, a televisão e ao rádio. Se formos prestar atenção ao nosso redor, não existe uma pessoa que possua um telefone celular e não tire fotos, guarde arquivos e faça filmagens. Tudo isso é um meio de convergir. Mas será que a convergência pode ser prejudicial para as pessoas? Creio que sim. Pois a partir do momento em que surgem novos aparelhos que possuam a maior quantidade de funções, mais o homem vai querer possuir este mimo. E, quando há uma frustração de não ter os desejos realizados, no caso de pessoas de baixa renda, há a rebeldia por não ter o que quer.

No entanto, a convergência, seja ela das mídias ou não, cresce de acordo com que seu público aumenta. No mundo onde tudo se interage, o processo de comunicação também passa por esta fase e a mensagem que antes era transmitida apenas através das palavras, hoje se caracteriza por imagens, sons e efeitos. Contudo, nos resta apenas esperar e ver até onde a tecnologia pode ir...

Google: muito além de um site de buscas

Muitos internautas pensam que o Google se resume em apenas um site de busca por outros sites ou imagens, mas essa ferramenta é bastante utilizada para servir a tudo o que precisar. Existe o Google Earth, que oferece mapas e imagens de satélite onde o internauta consegue localizar estabelecimentos e pontos geográficos. Há também o Google News, serviço que lista notícias on-line de diversas fontes. Dentre as novidades realizadas para o crescimento desta empresa, podemos citar o Google Desktop, que facilita a pesquisa de todo o tipo de arquivos no computador do usuário. Para saber um pouco mais sobre as ferramentas existentes, conversei com o coordenador de informática da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, Luiz Eduardo Lima.

Dídio Lopez – Como você utiliza as ferramentas do google no seu trabalho?

Luiz Eduardo – O google e suas ferramentas são de fundamental importância na vida de qualquer pessoa que deseja estar à frente do computador. Ele é praticamente o “guru” da internet. Não posso imaginar a pessoa que utilize o computador com todas as ferramentas existentes e pensem que o Google se trata apenas de um site de busca. No meu trabalho é muito bom saber que posso utilizar deste meio para resolver todos os problemas existentes.

D.L. - Uma das ferramentas que vem crescendo muito em relação à aceitação do publico é o Orkut. A que o senhor atribui esta febre nacional?

L.E. – Sinceramente eu acho que o Orkut é a pior coisa que inventaram. Como tudo na vida tem um lado bom e outro ruim, a empresa google também tem este lado negro no seu currículo. Esta ferramenta é a coisa mais “promiscua” que existe, mas “promiscuo” no sentido figurado da palavra. Não consigo imaginar como é que existem pessoas vivendo apenas em função do orkut. Um computador que utiliza sempre este serviço está completamente sujeito a ter invasores no seu PC, raques podem entrar em seus computadores e fazer a festa, daí já viu o estrago causado.

D.L. - Muitas pessoas pensam que o google é apenas uma ferramenta de busca. No caso, a ferramenta deste meio, é apenas necessária para os internautas fervorosos?

L.E. – Não. Sei que pode fugir um pouco da realidade em que vivemos, mas queria que todo internauta, querendo se especializar na área de informática, ou não, deveria conhecer todas as ferramentas existentes no google, pois certamente algum dia será muito útil para a vida de qualquer pessoa.

D.L. – Você acha que ainda poderão aparecer novas linguagens que serão completamente invisíveis ao Google?

L.E. – A cada novo dia nasce uma nova linguagem, uma nova música, um novo ídolo e sempre estamos nos adaptando a esse turbilhão de coisas que jogam na nossa vida. Isso acontece não só na informática, mas na tecnologia em geral. O mundo está avançando e com este avanço, tudo tende a evoluir. Ou você evolui ou fica para trás. Existem sim, muitas coisas que o google ainda não conseguiu enxergar, mas não vai demorar muito para que a empresa consiga um meio de ver quem está invisível. Posso comparar esse caso como um fator de segurança. Se tivermos um muro bem alto, haverá alguém que drible este muro e acabe entrando no seu destino. O mesmo acontece com um vírus que acaba de ser descoberto. Só pode fabricar o remédio, no caso, o antivírus, a partir do momento em que o vírus já tiver feito o seu primeiro estrago.

D.L. – Ultimamente temos ouvido falar muito a respeito da violação de direitos autorais e já houve até decisões da justiça mostrando a preocupação de algumas empresas que consideram a indexação de seu conteúdo injusta. No caso, você acha que isso pode ser prejudicial às empresas?

L.E. – Trabalho numa empresa “privada”, mas é também considerada a Casa do povo (Assembléia Legislativa), e sempre tive problemas em relação a conteúdos inadequados que foram expostos na rede da instituição que trabalho. Essas divulgações podem ser prejudiciais no memento em que não se tem uma equipe ativa que detecta o problema na hora exata. O que sempre vai haver é uma insatisfação de todo e qualquer produto que exista no mundo.